quinta-feira, 28 de abril de 2011


Vampiro Raonny

Posso te beijar?
Deixe-me sentir o seu corpo?
Vamos unir os nossos corações, para baterem juntos?
Deixe-me desabotoar o seu vestido, e te ver nua.
Deixe-me possuir seu corpo, penetrar e unir minha morte com a sua vida. Meu corpo frio, e sem vida com sua vitalidade.
Sou um caçador e você minha presa. Refresco-me com o cálice de teu sangue. Te amo.
Não vou permitir que vivas neste mundo sujo e cruel, é bela e quero  te eternizar em minhas veias. E caso sobreviva, a essa morte que lhe oferto agora, terei que sofrer pela eternidade de um amor não correspondido.
Espero habitar em seus sonhos,que este ato aqui consumido possa gerar um fruto que irá te atormentar, um filho sela este amor.


 

Ator
                Olhar frio, coração quente. O seu sangue corre dentro de suas veias, seu coração não tem dono. Seus pés habitam calçados gastos, sua barba comprida, suas unhas que abrigam as sujeiras de passos anteriores. Seu corpo fede e suas roupas surradas.
                Passos firme. Duas janelas da alma abertas para um mundo onde não há atrativo algum. A sua frente, um corpo falecido com o sangue que foge das artérias, para lavar uma calçada da rua. Uma faca no chão. Meu corpo em pé, espera a chegada do escorrer do sangue. Continuo imóvel, as pessoas se aproximam. Altero minha respiração, estou mais ofegante. De uma praça bucólica e abandonada, tornasse um palco para uma tragédia.
                Uma mulher se aproxima e começa chorar. Outra grita me acusa de assassinato. Os carros diminuem a velocidade para ver o que esta acontecendo. Uma multidão se torna cada vez volumosa, com curiosos que não sabem ao certo o que acontece ali.
                Ambulância com sua sirene escandalosa rasga as ruas em alta velocidade.
                Policiais,chegam no local fortemente armados, com várias viaturas, com negociadores e especialistas em desarmar bombas. Vejo no céu helicópteros e aviões de guerra. Os jornalistas com seus “fleches”, canetas, papeis e microfones nas mãos, disputam o espaço com curiosos.
                De um silencio bucólico, vejo a minha frente uma grande confusão. Ninguém se aproxima de mim. Levanto o meu olhar, e encaro um por um. As mulheres ficam horrorizadas e temem a minha reação. Um clima de tensão, sem movimentos bruscos, começo a falar : - Até que ponto,vivemos? O que é real? E o que é ficção? Qual é a proposta da arte? Um ator, ele apenas vive dos palcos? O que todos vocês presenciaram senhoras e senhores, é uma arte. Este homem que vocês vêem ao chão é real, este sangue é real, esta faca é real. Vocês são reais! Mas até que parte nós nos importamos uns com os outros? Você se importa comigo? E com este cara as margens, que divide seu corpo entre a rua e a calçada? Noticias rendem matérias para uma boa audiência.
                Todos me observam, sem entender o que esta acontecendo. Olho para o corpo me ajoelha ao seu lado beijo sua testa. A luz se apaga.
                Obrigado pela sua atenção.

               

sexta-feira, 1 de abril de 2011


Sexo
Solteiros, aventura.
Casal, monotonia.
Amante, distração.
Mulher, conquista.
Homem, necessário.
Prostituta, renda.
Menino, treino.
Solitário, frustração.
Menina, estupro.
Velho, raramente.
Adolescente, descobertas.
Criança, nascimento.
Muitos, carnaval.
Outros, doença.
Noite, vida.
Momento, morte.